Do palco para a tela
adaptação de dentrefora para videodança
Palavras-chave:
Adaptação, Dança, VideodançaResumo
Este trabalho abordará a perspectiva do audiovisual no processo de elaboração e adaptação do espetáculo Dentrefora do Bando Corpo de Dança, que, desde o inicio, utilizou o registro em vídeo em seu processo de criação tanto como memória dos laboratórios e criações quanto como processo de adaptação do espetáculo para o formato da videodança. Foram propostos jogos e experimentações corporais, a partir da relação do corpo com o espaço, o som, objetos, poesias, dentre outros elementos que culminaram na criação de partituras individuais de movimento. A partir da gravação dessas partituras em dispositivos móveis, os dançarinos, bolsistas e coordenadora do projeto buscaram estratégias para a composição da dramaturgia das cenas e do espetáculo. Considerando a história ocidental, o registro do movimento e das danças sempre foi uma questão para os artistas, e teve destaque nos Escritos sobre a dança de Noverre (1759). Rudolf Laban também propôs uma escrita para registro e desenvolvimento de partituras corporais, a chamada labanotation. Após revolução industrial, com o advento tecnológico e desenvolvimento da câmera, os registros passaram a ser feitos também em formato audiovisual. Atualmente o audiovisual, inicialmente limitado ao processo de registro, da câmera parada, ganha novos rumos na criação em dança, culminando na videodança. Linguagem hibrida, com vastas possibilidades narrativas e dramáticas ainda pouco exploradas pelo cinema e vídeo. Através desse estudo sobre o audiovisual, ferramenta tecnológica de produção de imagem, inserido na dança, será feito um apanhado do início do processo de adaptação do espetáculo Dentrefora para uma nova plataforma, a tela. Tendo em vista as possibilidades de espaço, tempo e corpo dentro das duas áreas.