Representações na paisagem

o espaço como fronteira simbólica na leitura de territórios identitários

Autores

  • Carla Aparecida da Silva Ribeiro Instituto Federal Fluminense
  • Bárbara Maria dos Santos Valadares de Oliveira Instituto Federal Fluminense
  • Fagner das Neves de Oliveira Instituto Federal Fluminense

Palavras-chave:

Identidade, Representações culturais, Fronteira simbólica, Campos dos Goytacazes, Canal Campos-Macaé

Resumo

O centro de Campos dos Goytacazes, município ao norte do Estado do Rio de Janeiro, é reconhecido por sua história e o trecho urbanizado do canal Campos-Macaé, o Parque Alberto Sampaio e a Ponte Leonel Brizola apresentam uma fronteira simbólica neste centro, dividindo-o identitariamente. A oeste, situa-se o centro antigo, de atividades sociais e econômicas populares, estão localizados o Mercado Municipal, o camelódromo, e a Rodoviária Roberto Silveira. Já ao leste, encontra-se uma das áreas com maior valor imobiliário da cidade e de principais atividades noturnas: a Avenida Pelinca, constituída por lojas e edifícios comerciais e residenciais de alto padrão. Em virtude de representarem essa barreira socioeconômica, o canal e seus adjacentes se apresentam como elemento neutro na divisa entre os territórios identitários, porém com uma identidade própria e distinta das demais. Essa leitura acontece através da percepção da falta de identificação nessas áreas por parte da população local, o que permite que este seja ocupado por representações sociais e culturais urbanas e usuários que não fazem parte da região, muitas vezes estigmatizadas pela população. A Ponte Leonel Brizola, tem sido palco de tais ocupações e responsável pela difusão do movimento hip- hop na cidade, se tornando referência da cultura urbana local. O Rap, o grafite, o break, as práticas de skate fazem parte dessas representações culturais na área. O espaço, contudo, sofre com a degradação do tempo e com a falta de manutenção do poder público. O presente trabalho tem como finalidade fazer uma leitura subjetiva da paisagem, aplicando conceitos de pracialidade, lugar e não-lugar, civilidade, identidade e percepção ambiental e por meio das representações sociais e culturais, construir a identidade local e sua relação com o entorno. Utilizando de bibliografias, entrevistas e pesquisa de campo, busca-se verificar se as representações sociais e culturais criam e/ou modificam a identidade local.

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Publicado

2021-10-27

Como Citar

RIBEIRO, C. A. da S. .; OLIVEIRA, B. M. dos S. V. de .; OLIVEIRA, F. das N. de . Representações na paisagem: o espaço como fronteira simbólica na leitura de territórios identitários. Encontro de Cultura do IFFluminense, [S. l.], v. 2, 2021. Disponível em: https://anais.eventos.iff.edu.br/index.php/encontrodeculturaiff/article/view/598. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Memória, Patrimônio e Pensamento