A cultura no subúrbio da Leopoldina e a disputa pelo imaginário coletivo no território
Palavras-chave:
Cultura, Território, SociedadeResumo
Apresento aqui, o resultado parcial do meu trabalho de pesquisa de mestrado. Onde pretendo mostrar um retrato da realidade cultural do subúrbio carioca da região da Leopoldina, a partir da construção histórica da Cidade do Rio de Janeiro e da influência que essa formação foi exercendo na cultura do subúrbio. Também procuro mostrar a importância dos novos agentes culturais investidos do capital cultural adquirido na relação acadêmica e na inter-relação destes com o espaço vivido; na construção de novos protagonismos, a partir da ressignificação de valores culturais. E, nesse mesmo território, a proliferação de práticas baseadas na cultura individualista da meritocracia, fazendo girar o moinho da globalização, em contradição permanente com a cultura que se construiu ao longo de dois séculos. Temos, portanto, no mesmo território a defesa do ethos suburbano, representado no conceito Glocal de Milton Santos e a globalização homogeneizadora da cultura como representação do individualismo moderno, que tem o dinheiro como Deus, segundo Simmel. A pesquisa buscou entender como se deu o surgimento dos novos agentes representantes desse ethos capitalista, quais os conflitos na relação cotidiana e quais os pontos de interjeição entre os diversos atores. Uma das constatações da pesquisa foi o Medo Líquido de Bauman, ou seja, uma insegurança permanente. Para tanto, utilizei como ferramenta metodológica a observação participante, a pesquisa de campo na região, além de pesquisa documental.