IPN
da criação às experiências de um curso de Pós-graduação entre Memória, Educação Antirracista e produção de saberes
Palavras-chave:
IPN, Educação Antirracista, Lugar de Memória, Currículo, Produção de SaberesResumo
A pesquisa que embasou a presente dissertação buscou compreender o processo histórico de construção do curso de pós-graduação lato sensu em História e Cultura Africana(s) e Afro-brasileira(s), oferecido pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) em parceria com a Fundação Educacional Duque de Caxias (FEUDUC) sob a perspectiva de seus principais agentes. A metodologia utilizada na pesquisa foi a história oral. Através de entrevistas de história oral feitas com um grupo de professores criadores e atuantes do curso, buscamos situá-lo nas discussões curriculares e no campo da luta antirracista. Para tal, partimos do entendimento de como a educação brasileira foi fundada sob uma base eurocêntrica, para chegar à compreensão do que seria um currículo antirracista, uma estratégia de resistência no campo educacional. Entendemos a Pequena África, local onde é realizado o curso, enquanto um lugar de memória da escravidão e das lutas por liberdade, em diversos sentidos. Partimos da hipótese de que seria potente a articulação entre um lugar de memória como a Pequena África e uma educação antirracista e encontramos uma experiência de curso de pós-graduação lato senso entre as responsabilidades da memória, as complexidades da luta antirracista e a produção de saberes na formação continuada de professores.