A aplicação da política de cotas no ensino médio profissionalizante do Instituto Federal Fluminense campus Campos Centro
Palavras-chave:
Política de cotas, Ensino Médio Integrado ao Técnico, Permanência escolarResumo
Esta comunicação apresenta os resultados parciais da pesquisa realizada junto aos alunos cotistas que ingressaram no Ensino Médio Técnico Integrado do IFFluminense campus Campos Centro, a partir de 2016, nos cursos de Automação Industrial, Edificações, Eletrotécnica, Informática e Mecânica. Apresentaremos dados referentes ao processo seletivo, desempenho anual e questionários aplicados aos alunos. Após a análise dos dados de desempenho anual, demarcamos perfis destes alunos e as disciplinas em que apresentaram maiores dificuldades. Do total de alunos cotistas que ingressaram no IFFluminense no período em análise, 70% tiveram desempenho “ruim” no processo seletivo, ou seja, com menos de 50% de acertos na prova; a maioria dos pais desses alunos possui no máximo, o Ensino Médio completo, além de trabalharem em profissões de baixa remuneração, dados para nós relevantes para a construção dos perfis cotistas. Os alunos cotistas que ingressaram no 1o ano tiveram, em geral, um desempenho anual insatisfatório, com elevado número de reprovações. A maior dificuldade encontrada está no núcleo das disciplinas de “exatas”, Matemática, Física e Química. A partir dos perfis que demarcamos, estabelecemos critérios de seleção para a realização de grupos focais que foram realizados em 2018 com os cotistas das turmas de 3o ano dos cursos supracitados. As notas de desempenho anual, as informações obtidas com a aplicação dos questionários e com a realização dos grupos focais, permitem concluir que não existe apenas um tipo de cotista, mas vários. Pretendemos nas próximas etapas conhecer melhor os alunos cotistas que renovaram matrícula nos cursos, suas dificuldades, dilemas enfrentados e razões da permanência. Acreditamos poder contribuir com o trabalho, para uma melhor avaliação da aplicação das cotas no IFFluminense, auxiliando, assim, a geração de instrumentos capazes de corrigir possíveis falhas e aperfeiçoar pontos positivos desta importante política.