A juventude e a apropriação da cidade
roda cultural na Baixada Fluminense
Palavras-chave:
Baixada Fluminense, Juventude, HipHop, Rodas Culturais, Direito à CidadeResumo
Esta pesquisa observou as estratégias juvenis cotidianas em busca da apropriação do espaço da cidade a fim de existir, resistir, perceber e construir o espaço urbano e, também, como esses processos são influenciados tanto pelo contexto social e econômico quanto pelas especificidades juvenis. Os sujeitos desta pesquisa são jovens moradores da região da Baixada Fluminense que pertencem, consomem e/ou constroem as Rodas Culturais. Dando destaque à Baixada Fluminense – região a qual foi criado um espectro de território da violência – esses jovens vivenciam processos de distanciamento e deslegitimidade social. No entanto, não podemos supor que, por conta da pobreza e violência, os habitantes das regiões pobres sejam indivíduos estáticos, pois, para existirem nesta sociedade, esses jovens criam seus próprios modos e experimentações da cidade e da vida. As Rodas Culturais não servem apenas como um espaço de lazer momentâneo. É nesse espaço citadino que garotas e garotos constroem suas próprias narrativas e inventam suas próprias histórias sobre o que é ser uma ou um jovem morador da Baixada Fluminense. É o território onde essa juventude pulsante cria alternativas criativas ao estigma ao qual foi submetida ao longo de sua história. Esse processo é fundamental para a formação dos seus símbolos e para responder às suas necessidades juvenis. Tendo como eixo teórico e metodológico das ciências sociais, especificadamente a sociologia, antropologia, geografia e os estudos da cultura, a metodologia da pesquisa foi desenvolvida através de analise bibliográfica, observação participante e entrevistas.