Saberes do Candomblé na formação universitária em Dança como prática de uma Educação não-racista e pluriversal
Palavras-chave:
Candomblé, Formação Universitária, DançaResumo
O presente trabalho surge das vivências e pesquisas dos autores dentro do Projeto em Africanidade na Dança Educação – PADE/UFRJ, que surge em 2010, fortalecido na Lei Estadual 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e afro-brasileira nas instituições de ensino, discutindo sobre a importância das religiões Afro-diaspóricas na formação Cultural brasileira e na história da dança no Brasil. Observando a lacuna da grade curricular dos cursos dentro do Departamento de Arte Corporal para abordar o complexo cultural afro-diaspórico, visto que não há disciplinas obrigatórias que tratem de tal tema, o projeto preenche o espaço que permeia os saberes das relações étnicos raciais. Criando identificações de corpo e movimento que possibilitam novos olhares nas produções acadêmicas em Dança. Os saberes e tradições vindas dos Terreiros de Candomblé falam de corpo e movimento de maneira a potencializar a criação artística tais como estudos realizados na dança contemporânea. Entendendo que esses saberes e conceitos estão para além dos muros das Comunidades de Terreiros. Mas que se relacionam com uma visão geral de mundo, e por tanto são conhecimentos sobre a nossa formação cultural Afro-brasileira, ressaltando a importância de desconstruir discursos discriminatórios e intolerantes para construção de um discurso reflexivo e dialógico com a prática de extensão e pesquisa dentro e além dos muros da Universidade. Caminhando então para uma tentativa de prática de uma educação não-racista e pluriversal, incluindo outros olhares que construíram e constroem conhecimento sobre corpo, arte e dança.