“A volta e a re-volta da Michele”
aprendendo em performance
Palavras-chave:
Performance, Étnico-racial, EducaçãoResumo
Esse trabalho tem o objetivo de relatar a trajetória e os desdobramentos de uma experiência em performance duracional “A volta ou a Re-volta de Michele” a ação aconteceu uma vez por mês durante um ano, de Maio de 2017 a Maio de 2018 no Instituto Federal Fluminense. Amparado pelo projeto “Coletivo Artístico Saravá: Laboratório de Estudos sobre Performance e Relações Étnico-Raciais” a performance ganhou diferentes estéticas que foram se modificando de acordo com sua espacialidade no campus e a disponibilidade que esses corpos performáticos encontrava para a expressão. Além desse espaço-tempo, a performance, os estudos com o coletivo Saravá, e as demandas que a licenciatura exige fizeram com que esse caminhar se encaixasse com algumas das muitas questões que encontramos no espaço escolar. A questão racial. Uma pesquisa realizada durante o estágio denuncia o não comprimento da lei 10.639/03 em determinado Colégio Estadual (XV de Novembro) e o desconhecimento das(os) alunas(os) a cerca do tema e seus direitos. Ao longo dessa performance, as aulas no estágio, os conteúdos estudados e a lei citada, fizeram com que o exercício de realizar um planejamento de aula de teatro se vincula-se com a valorização da população negra, o debate sobre o racismo e o conhecimento sobre as ações afirmativas. Com isso, somando e potencializando formas artísticas de abordar e ampliar o debate étnico-racial.