MEMÓRIA E PATRIMÔNIO ESCOLAR
DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO EDUCATIVO
Palavras-chave:
Patrimônio Escolar, Memória, História da EducaçãoResumo
Os trabalhos mais contemporâneos que se vinculam à história da educação têm tentado, entre outras expectativas, desvendar a chamada “caixa preta” da escola (MARTÍNEZ; 2005). Nesse contexto, os historiadores e pesquisadores voltam cada vez mais suas atenções para os registros produzidos pelas escolas, sejam pedagógicos ou administrativos, ganhando relevância os arquivos escolares. Ao reconhecer tal importância, desde 2002, o projeto Memória e patrimônio escolar: preservação do patrimônio histórico educativo e divulgação do conhecimento tem como objetivos a preservação de arquivos escolares; a ampliação do diálogo e a realização de intervenções junto às comunidades escolares para o conhecimento e a valorização de seu patrimônio histórico educativo. Primeiramente, se retomaram as atividades de conservação do Arquivo Histórico do Liceu de Humanidades de Campos, fundado na década de 1980. Após mais de uma década de um trabalho ininterrupto, as ações do projeto voltaram-se também à implementação do arquivo histórico Colégio Estadual Nilo Peçanha que, por cinquenta anos, ofertou cursos de educação pós primária em prol da profissionalização feminina. Durante esse tempo, as atividades se dividiram entre iniciativas de conservação preventiva; realização de exposições e participações em eventos acadêmicos e culturais, a fim, não só de sensibilizar as comunidades escolares, como tornar públicos os acervos dos arquivos. Surpreendida pela pandemia, a equipe do projeto teve que (re) significar sua atuação. Portanto, passou a ter encontros semanais via aplicativo Google Meet, registrados em Ata, para discutir leituras ligadas à arquivologia, assim como refletir sobre a trajetória do projeto. Além disso, foi intensificada a divulgação das atividades do projeto e temáticas afins por meio das redes sociais. Finalmente, apesar de quase duas décadas de atuação, torna-se ainda imprescindível o estabelecimento de uma Comunicação, no sentido freiriano, em que tanto a equipe do projeto quanto as comunidades escolares sejam produtores das histórias e memórias educativas.