A evolução da educação superior no Brasil 2003-2014
interiorização e inclusão
Palavras-chave:
Educação Superior, Políticas públicas, InclusãoResumo
Segundo dados do MEC, a rede de Institutos Federais atingiu 140 campi em 119 municípios brasileiros entre 1909-2002, ampliando para 578 campi em 511 municípios entre 2003-2014. Entre 1808-2002, as Universidades Federais tiveram 148 campi em 114 municípios, saltando para 321 campi em 275 municípios entre 2003-2014. Dados do INEP demonstram que, entre 2003-2014: a) a quantidade de Instituições de Educação Superior cresceu de 1.859 para 2.368; b) dentre as Universidades, onde se concentram a maior parte das matrículas, a maioria é pública (56,9%); c) os cursos de graduação passaram de 16.453 para 32.878; d) as matrículas na graduação dobraram de 4 para 8 milhões (a rede federal aumentou 102,2%); e) os estudantes concluintes eram 500 mil (distribuídos em 747 municípios), passando para 1 milhão (distribuídos em 1.568 municípios). A expansão da Educação Superior e o maior acesso à mesma deveram-se, em grande medida, às ações do governo federal, tanto por meio da ampliação das vagas – sob a lógica da interiorização –, quanto por meio de programas sociais de inclusão – bolsas e cotas –, sendo fundamental para a expansão tanto da rede pública quanto privada. Conclui-se que, no período entre 2003-2014, a oferta de Educação Superior foi ampliada, melhorando-se a distribuição espacial via interiorização, tendo as políticas públicas do governo federal papel fundamental em tal processo, permitindo que mais brasileiros tivessem acesso à Educação Superior, somando-se ainda a ampliação do ensino médio-técnico da rede federal, no caso dos IFs. Contudo, o cenário brasileiro exige maior acesso à educação, em todos os seus níveis, além de melhor qualidade. Nesse sentido, preocupa o atual corte de verbas nas políticas públicas, com forte tendência de diminuição dos investimentos, o que inevitavelmente resultará na diminuição da oferta e/ou da qualidade da Educação Superior brasileira.