Diferença e repetição na dança-teatro
Palavras-chave:
Dança-Teatro, Repetição, DiferençaResumo
O presente trabalho parte da estética da dança-teatro de Pina Bausch como ignição para reflexões sobre a repetição como possibilidade estética. O estudo foi desenvolvido entre 2017 e 2018 como parte do conteúdo do componente curricular Poéticas do Corpo II da Licenciatura em Teatro do IF Fluminense campus Campos Centro. Bausch desenvolveu um modo particular de trabalho com a sua própria dança-teatro que estremeceu estruturas tradicionais de dança e de teatro no período em que suas obras despontaram. Seu trabalho é fortemente ancorado no material humano de seus dançarinos e a repetição é uma das marcas de sua estética. Nesse contexto, não é a repetição no sentido de reprodução ou de representação mimética, esta se instaura como repetição diferencial, como pulsão de vida. A análise de material teórico sobre esta estética é articulada à experiência da fruição de dois espetáculos que se deram no contexto de graduações em teatro no IFF – Campos Centro e na Unirio, onde o procedimento da repetição foi percebido como destaque na proposta estética. Entende-se, por fim, que esse procedimento é potente para subverter lógicas tradicionais, uma vez que desestabiliza significados pré-estabelecidos podendo ampliar sentidos.