Análise da presença de formaldeído em amostras de produtos capilares utilizados na Região Noroeste Fluminense
Palavras-chave:
Formaldeído, Alisantes, Reagente de Schiff, Identificação, CapilarResumo
O mercado de beleza é um dos que mais cresce dentre todos os segmentos de mercado. Incentivado pelas mídias sociais, gera uma busca incontrolável para se atingir a perfeição levando mulheres a realização de inúmeros procedimentos químicos capilares. Neste contexto, diversos produtos capilares tornaram-se comuns dentro de salões de beleza, tendo em sua composição formaldeído, como uma promessa a obtenção do cabelo perfeito. No Brasil, seu uso foi permitido em concentração ≤ 0,2% (p/p) como conservante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As concentrações acima do permitido pela ANVISA podem ser facilmente comprovadas pelo surgimento de uma coloração rosa ou malva com reagente de Schiff. O uso excessivo e inadequado do formaldeído pode gerar inúmeros malefícios à saúde tanto para o aplicador quanto para o cliente. Dentre as consequências pode-se destacar: irritação, queimaduras no couro cabeludo, coceira, inchaço, ardência e até câncer. O objetivo deste trabalho foi identificar a presença de formaldeído através de análise direta e semi-quantitativa em amostras de produtos capilares utilizados por um salão de beleza da Região Noroeste Fluminense. Foram coletadas três amostras distintas de produtos capilares e as mesmas foram testadas com reagente de Schiff como indicador da presença do formaldeído. As amostras A, B, C apresentaram uma coloração rosa/malva o que indica a presença da substância investigada. Com os resultados obtidos, pode-se perceber que há a necessidade de uma fiscalização mais rígida acerca dos produtos relacionados a produtos capilares, especialmente os alisantes. A pesquisa deixa também uma contribuição para a discussão sobre a aceitação da beleza natural e as influências estéticas femininas.