Ensino de artes na educação básica

a metodologia de oficinas e suas possíveis aplicações

Resumo

Este artigo investiga as potencialidades pedagógicas das oficinas voltadas ao ensino de artes na educação básica, fornecendo exemplos práticos de como esta metodologia pode ser planejada viabilizada e aproveitada nos diversos níveis da educação básica e até mesmo profissional. Desse modo, buscamos tecer reflexões sobre o potencial agregador e coletivo de seus processos, corroborando também como elemento de conexão e valorização do repertório cultural dos alunos, das práticas artísticas existentes na comunidade externa, contribuindo para preservação e até mesmo para o resgate de manifestações culturais regionais. A partir da abordagem triangular de Ana Mãe Barbosa e em consonância as correntes pedagógicas que valorizam a necessidade de conhecimento e contextualização da realidade cultural dos alunos como ponto de partida do processo de ensino e aprendizagem, exemplificamos neste artigo possíveis perspectivas pedagógicas sobre oficinas de capoeira, oficinas de boi, oficina de folia de reis, oficinas de práticas instrumentais em conjunto. A escolha dos exemplos de oficina se funda na proposta de se realizar um levantamento das mais variadas sonoridades musicais ligadas às raízes da região norte e noroeste fluminense. Os gêneros citados resultam de um longo inventário musical que vem sendo desenvolvido pelo GEPMU (Grupo de Estudos e Pesquisas Musicais) da UENF, vivenciados em várias esferas de formação formal, executados em cursos do ensino normal do ISEPAN, do ensino médio do Colégio João Pessoa, do curso técnico em música do PRONATEC sediado no IIF (Instituto Federal Fluminense Campus Guarus) e nas Oficinas desenvolvidas nas dependências da UENF e em outros ambientes de formação musical não formal, onde a própria comunidade promove suas experiências sonoras.