Educação e tecnologia no campo

novos parâmetros para a geografia agrária no Noroeste Fluminense

Resumo

A Geografia Agrária, ramo da ciência geográfica, se caracteriza, sinteticamente, por estudar, analisar e entender as atividades agrícolas que se organizam e (re)configuram o espaço geográfico desde um processo histórico até os dias atuais, nas mais diversas escalas. A partir do descobrimento de técnicas e atividades agrícolas o Homem foi capaz de (re)configurar o espaço de forma singular em sua composição material e imaterial, formando uma teia educacional que perdura por entre os séculos, de geração em geração, e que hoje apresenta-se também de forma sistêmica nas universidades. Logo, em uma abordagem de escala regional, o presente trabalho se caracteriza metodologicamente por ser uma pesquisa de gabinete, uma análise qualitativa, do potencial histórico e contemporâneo da Geografia Agrária que engloba o Noroeste Fluminense, com o objeto de analisar, contextualizar e desenvolver uma análise crítica sobre a situação a qual se encontra este recorte espacial em relação à educação no campo, à educação sistêmica, à prática científica e ao senso comum, à historicidade e à contemporaneidade do potencial que envolve os municípios presentes nesta região, assim como abordar as consequências, desafios e oportunidades que o pacote modernizador da base agrícola desenvolveu nesta região, além de contextualizar o potencial das geotecnologias articulado ao desenvolvimento agrário, tão pouco investido. O avanço tecnológico ao qual se deu a humanidade permite que o desenvolvimento das atividades agrícolas seja impulsionado, de forma a apresentar muitas possibilidades de planejamento, análises de precisão, desenvolvimento de técnicas locais, melhor utilização de insumos agrícolas, mas, em contrapartida, apresenta muitos desafios, principalmente, para os pequenos produtores, para as políticas públicas e para a mitigação das disparidades socioeconômicas em âmbito rural.