Meningite
conceitos, diagnóstico e tratamento
Palavras-chave:
Meningite, Saúde Pública, Epidemiologia, BrasilResumo
Este estudo busca aprofundar e desmitificar o conhecimento acerca da meningite que é o resultado de um processo inflamatório das meninges (membranas que recobrem o encéfalo e medula espinhal) que pode ter como causa diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas, fungos ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes no âmbito da saúde pública, devido a sua maior expressão epidemiológica, capacidade de ocasionar surtos e gravidade dos casos. O diagnóstico é realizado através da análise da apresentação clínica e exames complementares como a Tomografia Computadorizada (TC), punção liquórica e cultura bacteriana. A punção liquórica deve ser precedida por TC ou Ressonância Magnética (RM), a fim de avaliar a existência de hipertensão intracraniana. Métodos: Foram utilizados como aporte teórico-metodológico artigos nacionais e internacionais publicados em bancos de dados como Scielo, Google Acadêmico e DATASUS sendo elegidos 30 artigos para análise. Resultados: As atuais tecnologias, apesar de ainda não completamente difundidas em todas as regiões do Brasil, permitem o diagnóstico mais rápido e fidedigno, garantindo ao paciente maiores chances na recuperação. A comunidade científica preconiza como fundamental para o sucesso terapêutico e prevenção de sequelas o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, o que ainda representa uma enorme mazela na saúde do brasileiro, uma vez que o número geral de óbitos por meningite, segundo o DATASUS, subiu de 5 em 2014 para 88 em 2015, apenas no Estado do Rio de Janeiro. Conclusões: É preciso evidenciar a necessidade de se preparar os profissionais de saúde e a população acerca das medidas preventivas da meningite, da necessidade do diagnóstico precoce e medidas terapêuticas, além da necessidade de investimento em tecnologias que propiciem redução do tempo entre o diagnóstico e início do tratamento.