Liberdade em Sartre e Tomas de Aquino
um encontro possível
Palavras-chave:
Liberdade, Escolha, Vontade, Psicologia, História da PsicologiaResumo
Objetivo: O presente estudo tem como finalidade identificar nas ideias tomistas e sartreanas a respectiva conceituação de liberdade, levando em consideração o processo de construção de subjetividade. Metodologia: Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica. Resultados: Temos inicialmente que, para Aquino, o conceito de liberdade relaciona-se diretamente com o entendimento da vontade humana, sendo por meio desta que o homem dispõe de tudo o que tem. Aquino afirmava que a vontade é a expressão da racionalidade, baseada nas ações que podem ser boas ou más. A capacidade de escolher por meio da vontade o que é bom ou mau foi chamada por ele de prudência, que é a ação livre do homem em escolher o que é bom. Neste sentido, ser livre é o exercício da vontade. Em Sartre, a afirmação central é de que a liberdade é escolha, ou seja, ser livre é escolher. Sartre acreditava que a liberdade não é algo que o homem possua, mas a algo que o homem é, então o homem não é nada além da possibilidade de escolha. Vista desta forma, a liberdade é ontológica e é absoluta. Isto resulta em dizer que a liberdade não é algo que se possa dar ou retirar do homem, ao menos não a liberdade como Sartre concebia. Conclusões: Embora tenham ocorrido mudanças de ambiente e concepções culturais, nota-se uma contribuição tomista em temas contemporâneos. Concluímos que o tema liberdade ganhou evidência no pensamento de ambos os autores, apontando para a relevância desta discussão. Identificamos um número relativamente reduzido de obras que fizessem a relação entre os dois autores na temática investigada. O presente estudo foi um esforço para ressaltar a herança deixada pelos antigos filósofos cristãos à história das ideias psicológicas. Sugerimos que novos estudos sejam realizados, relacionando os antigos pensadores com as atuais abordagens em psicologia.