Inspirações para a química de produtos naturais nas tradições das comunidades quilombolas
Palavras-chave:
Plantas Medicinais, Comunidades Quilombolas, Propriedades MedicinaisResumo
Em comunidades quilombolas, o conhecimento sobre os benefícios das plantas é transmitido de geração em geração. Com o passar do tempo, grande parte dessas informações vem se perdendo, justificando a necessidade da recuperação das tradições das comunidades quilombolas. O conhecimento empírico acumulado no decorrer de séculos é de grande importância, já que a pesquisa de plantas medicinais, pode fornecer informações úteis para o estudo farmacológicos e posterior desenvolvimento de diversos medicamentos na indústria farmacêutica. Os conhecimentos das comunidades quilombolas ajudam também a reduzir as possibilidades de erros ao apontar para espécies de plantas com maior probabilidade de conter substâncias biologicamente ativas para a busca de novos medicamentos. A partir de pesquisas na área foram feitas importantes descobertas como o isolamento da codeína e papaveriana da papoula e a descoberta da salicina (analgésico e antitérmico) a partir da planta Salix Alba. Apesar dos inúmeros benefícios, o potencial das plantas para descoberta de novas substâncias é pouco explorado. Estima-se existir até 500.000 espécies de plantas com propriedades medicinais, sendo que apenas uma pequena porcentagem é submetida a estudos. O presente projeto tem como objetivo identificar quais plantas são usadas para prevenir e tratar doenças e feridas. Uma vez identificadas as plantas e seus respectivos usos, estas serão coletadas e caracterizadas quanto a sua família e espécie em um herbário de credibilidade nacional. Depois de caracterizadas as plantas serão armazenadas para posterior estudo fitoquímico. Com os resultados, será feito um banco de espécies vegetais que podem ser encontradas no Noroeste Fluminense e Zona da Mata Mineira com atividades medicinais relatadas pela cultura popular. Este banco servirá de fonte para outros estudos químicos das espécies coletadas e poderão passar por estudo fitoquímico para descoberta de novas substâncias bioativas e comprovar de forma científica o uso dessas plantas na medicina popular.