Humanidades médicas na contemporaneidade
Palavras-chave:
Humanidades, Medicina, ContemporaneidadeResumo
O objetivo deste estudo foi discutir acerca do sentido da medicina na contemporaneidade do séc XXI, no que tange ao desafio da humanização na relação médico-paciente. O conflito entre as questões intimamente ligadas ao homem “medida de todas as coisas” e a aplicação clínica de descobertas experimentais, que buscam sistematicamente reduzir viéses epidemiológicos, acabaram por remover a singularidade dos pacientes, tornando obscura a relação médico-paciente, em especial, aqueles em fase terminal, ignorando que o ser humano é uma unidade indivisível, mente e corpo. A prática médica por profissionais que fazem tecnicamente a detecção e o agrupamento de sintomas durante manifestações clínicas e prescrição de fármacos, frutos da pesquisa experimental justificam sua conduta com o sucesso de uma terapêutica que trata apenas corpo e não a mente, que vê a doença, mas não o doente, contribui para a ineficiência e inequidade dos sistemas de saúde como um todo. O estudo se embasa em revisão literária em que foram utilizados como aporte teórico metodológico trabalhos nacionais e internacionais publicados em bancos de dados como Scielo, Google Acadêmico e PubMed. Inegavelmente que a humanização da prática médica é um problema que afeta diretamente o sucesso terapêutico em pacientes terminais e também, como já elucidado em diversos trabalhos acadêmicos, a alta incidência de distúrbios mentais decorrentes do despreparo e da falta de conhecimento para lidar com a morte. Desta forma é importante destacar que a abordagem filosófica na academia é fundamental para aumentar o cabedal teórico acerca do conhecimento do significado do ser humano, como um ser também de sensibilidade e intuição.