Intersexualidade em uma dinâmica binária

o corpo como estrutura de biopoder em um cenário de afirmação de direitos sexuais

Autores

  • Carulini Polate Cabral Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana
  • Alexsanderson Zanon de Oliveira Melo Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana
  • José Guilherme Campos Barreto Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana
  • Mauricio Borge Dias Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana
  • Tauã Lima Verdan Rangel Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Palavras-chave:

Intersexualidade, Binarismo Sexual, Autonomia

Resumo

Por muito tempo, a definição de “família normal” era preenchida pela figura do masculino e feminino, e tudo o que fosse contrário à essa ideia era afastado pela sociedade e taxado como anormal ou desviante. Com a evolução da sociedade, a pessoa do “hermafrodita”, agora chamado de “intersexo”, passou a ser objeto de estudo, deixando de ser ocultados pela sociedade em geral. Desse modo, o presente texto tem o objetivo de externar toda a (des)construção do binarismo sexual trazendo à tona toda o percurso da população intersexual, além de evidenciar todas as conquistas de direitos adquiridos por essa população, que ainda apresenta uma grande invisibilidade dentro do ordenamento jurídico pátrio. Para tanto, utiliza-se do método dedutivo e historiográfico, bem como a revisão bibliográfica como técnica de pesquisa para melhor discorrer sobre a temática posta em destaque. As intervenções precoces nos recém-nascidos na tentativa de “adequação” a um sexo “normal” ainda são o motivo das principais discussões entre a sociedade médica e todo o movimento intersexo. O motivo da discussão se pauta no fato de que pessoas que foram submetidas a essas cirurgias no passado, alegam ter sofrido ou sofrer grandes prejuízos no que tange o procedimento em si e tudo o que gira ao seu redor. A Organização das Nações Unidas sugere que os países comecem a proibir a prática de procedimentos e cirurgias desnecessárias em recém-nascidos em decorrência das diversas consequências negativas que podem vir a ocorrer, como sofrimento mental e diversos outros. Muitos indivíduos defendem a ideia de que essas cirurgias sejam feitas quando essas pessoas já tenham a capacidade de decidir por si mesmas o sexo que melhor se identificam para que elas tenham a possibilidade de exercer plenamente seus direitos de autonomia e de autodeterminação, tendo ainda a garantia do respeito à dignidade da pessoa humana.

Biografia do Autor

Carulini Polate Cabral, Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Graduando do Curso de Direito

Alexsanderson Zanon de Oliveira Melo, Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Graduando do Curso de Direito

José Guilherme Campos Barreto, Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Graduando do Curso de Direito

Mauricio Borge Dias, Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Graduando do Curso de Direito

Tauã Lima Verdan Rangel, Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana

Docente do Curso de Direito

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Publicado

2022-07-06

Como Citar

POLATE CABRAL, C. .; ZANON DE OLIVEIRA MELO, A. .; CAMPOS BARRETO, J. G. .; BORGE DIAS, M. .; LIMA VERDAN RANGEL, T. . Intersexualidade em uma dinâmica binária: o corpo como estrutura de biopoder em um cenário de afirmação de direitos sexuais. Mostra do Conhecimento - Campus Bom Jesus do Itabapoana, [S. l.], v. 8, 2022. Disponível em: https://anais.eventos.iff.edu.br/index.php/mostraconhecimentobji/article/view/1367. Acesso em: 6 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas E Ciências Humanas