O cuidado e formação do ser adolescente a partir da educação em saúde
um estudo fenomenológico
Palavras-chave:
Adolescente, Percepção, Educação em SaúdeResumo
A adolescência é uma metamorfose biopsicossocial. O adolescente no cenário saúde educação reflete sua existência. Objetivou compreender a percepção do aluno sobre a educação em saúde como suporte ao cuidado e a sua formação, descrever como o discente percebe a arte do cuidar pela educação em saúde na sua formação e propor subsídios para a construção da política de cuidado à saúde institucional ao discente. Estudo descritivo fenomenológico, cuja técnica de produção dos dados foi a entrevista fenomenológica. De agosto a outubro de 2018, a pesquisadora realizou encontros de educação em saúde junto aos alunos do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana. Ao término das secções convidou-os a participação da entrevista que deu-se entre agosto a novembro, finalizando no 66o encontro. Aplicou-se os questionamentos: Como você percebe a educação em saúde como cuidado? Como você percebe a educação em saúde na sua formação? Desvelaram três categorias: O “mundo-da-educação-em-saúde” ressignificando a arte do cuidado de si, do outro e da formação do ser adolescente; O ser adolescente que se percebe e presentifica seu futuro a partir do ambíguo “mundo-da-educação-em saúde”; o “Mundo-da-educação-em- saúde” quebrando tabus: uma proposta para subsidiar a política de cuidado a saúde institucional ao discente adolescente. A educação em saúde é estratégia de cuidado de si e do outro, já que o adolescente é atravessado pelo conhecimento e identifica o outro como extensão do cuidado de si. A arte de cuidar pela educação em saúde é formativa ao multiplicar o saber inerente a independência. A educação em saúde como política de cuidado é almejada, pois trata de assuntos negligenciados pela família e pela escola. Logo, o cuidado e formação a partir da educação em saúde valoriza a historicidade, a espacialidade e a subjetividade juvenil e transcende a medicalização das funções fisiológicas isoladas e desprovidas de vida.